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Posts Tagged ‘China’

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Este blog está há horas querendo fazer um post falando do clássico descolamento verificado entre a economia, política e sociedade no Brasil. Originalmente integrados, em estados que cresceram mais organicamente e não colocaram o carro na frente dos bois, estes fatores essenciais de qualquer país correm por caminhos bastante particulares e individuais aqui em Pindorama.

E não só no Brasil, como também nos outros chamados “países em desenvolvimento”, sobretudo o bloco BRIC (Brasil, Russia, Índia, China).

Basta conferir:  o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento informou ontem o ranking anual do Índice de Desenvolvimento Humano, que aponta o Brasil na 75ª posição. A Rússia ocupa a posição 71 , a China a 92 e a Índia… a 134.

Clique aqui e confira a lista.

O Brasil de hoje é em diversos aspectos um motivo de orgulho para todos nós. O bloco BRIC cresce acima da média do mundo econômico. Mas há muito, muito, muito a ser feito ainda para não sentirmos vergonha da violência, da fome, da exclusão. Este descolamento entre economia e seres humanos não é luxo exclusivo do Brasil.

De que modo a comunicação e o marketing podem ser úteis neste sentido?

Alisson Avila

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Há pouco o blog da Aktuell publicou um post sobre o tema, e com um exemplo bem emblemático: enquanto o Cazaquistão faz arquitetura do século 21, no caso da sua biblioteca nacional, no Brasil seguimos achando que estamos na Londres pós-vitoriana ou nos tempos de Andrea Palladio no Vêneto, neste caso coisa de apenas 500 anos atrás, e insistimos em arquiteturas neoclássicas, quadradas, caretas, feias e nada representativas do tempo em que vivemos.

É claro que existem exceções. E é claro também que, mesmo entre as exceções, podemos encontrar roubadas visuais e funcionais completamente descontextualizadas do local a que pertencem – vide o interessante, mas também polêmico, projeto do novo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (post nosso aqui).

Dito isso, voltamos à campanha “abaixo o massacre neoclássico” com dois exemplos bem diferentes um do outro:

Skyburbs-Combine-Suburban-and-High-Rise-Living-1

Os australianos da Tzannes Associates comparecem com o projeto Skyburb, unindo espaços verdes e recuos por todos os andares com as dimensões e altura de um prédio de metrópole qualquer. Você pode conhecer melhor a iniciativa clicando aqui.

Já os chineses do Studio Pei Zhu são os autores deste edificio empresarial para a cidade de Ningbo, também na China:

skybound china 1

O projeto, com estas suaves curvas e assimetrias, já foi maldosamente chamado de “bota velha” na rede por conta de perspectivas como esta:

skybound china 2
Mesmo assim, trocamos meia bota velha por dez cópias malfeitas da Casa Branca na Marginal Pinheiros.

Alisson Avila

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Já vão longe os tempos em que a Dentsu aparecia no Festival de Gramado (!) mostrando comerciais de fraldas geriátricas (!!). O gigante da comunicação oriental, que só pelo cartaz mais lindo do mundo já havia chamado a atenção no Palais (e que por sinal foi roubado por todos tão rápido que nem deu tempo de pegarmos), compareceu em Cannes com uma apresentação inteligente, divertida e altamente informativa, mostrando três realidades completamente diferentes da Ásia através dos mercados do Japão, da China e da Tailândia.

O recorte foi promover como apresentadoras três diretoras criativas destes países, no sentido de mostrar que a crescente predominância asiática nas premiações do Cannes Lions não é por acaso. Elas foram introduzidas pelo poderoso chefão criativo da Dentsu Global, Akira Kagami.

dentsu 1 japao

Tudo começou com Masako Okamura, diretora criativa da Dentsu Japão. E foi meio inacreditável. É nestas horas que a gente entende porque a molecada é tão obcecada pela doideira de Tóquio e tenta simulá-la nas ruas da Liberdade em São Paulo aos domingos: nos já temos esta noção, mas depois de comerciais como estes abaixo, fica na cara que eles vivem em outra realidade – não somente econômica e social, mas de visão de mundo e especialmente de desenvolvimento do mercado de comunicação. Isso fica claro nos exemplos que ela apresentou, entre coisas mais ou menos absurdas:

(mais…)

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